Mônica Nasser
Desde 1º de novembro pescadores amadores ou profissionais estavam proibidos de pescar nos rios da região incluindo o Lago de Itaipu. Nesta sexta-feira, 28, o período de piracema termina. Neste período os peixes sobem para as cabeceiras dos rios para se reproduzirem, garantindo, além do equilíbrio ambiental, a manutenção dos estoques pesqueiros nos rios e lagos do Estado.
Para contribuir com a piracema, o pescador que tira o sustento desta atividade, recebe do governo federal um valor referente a um salário mínimo. De acordo com Adilson Reidel, engenheiro de pesca é um período em que os peixes ficam vulneráveis. “Como eles migram para se reproduzirem, eles são capturados mais facilmente e precisamos protegê-los. O balanço desta piracema certamente é positivo sim, apesar da grande influência do período de chuva que acabou sendo menor neste final”.
A região Oeste apresenta um grande número de espécies que fazem esta migração. “O pacú e o dourado são espécies assim e precisam desta fase para sua reprodução. A piracema ajuda a aumentar o número destes exemplares nas nossas águas”, concluiu Reidel.
A legislação Federal fixa o período de defeso entre os meses de novembro e fevereiro do ano seguinte. Neste período é proibido o exercício da pesca nos rios, lagos ou qualquer outro corpo hídrico, a exceção da pesca esportiva (tipo “pesque e solte”), a pesca de subsistência e a pesca amadora em reservatório e consumo no local.