Trabalhadores do centro comercial de Cidade do Leste, no Paraguai, denunciaram que alguns donos de lojas estariam multando funcionários que falam o idioma guarani durante o trabalho. A proibição é contra as leis vigentes no país, que declaram o Paraguai como uma nação bilíngue, onde o espanhol e o guarani são idiomas reconhecidos pela Constituição Nacional. A notificação é escrita em português e as multas variam entre 10 e 20 dólares.
O senador paraguaio Sixto Pereira, anunciou que medidas deverão ser tomadas contra os proprietários dos comércios que proíbem o idioma nativo. O senador afirmou que o Congresso pedirá informações sobre o caso. “Veremos em que instância corresponde aplicar sanções, mas não permitiremos que isso continue”, disse Pereira.
A denúncia foi divulgada pelo jornal Diário Vanguardia, que ainda trouxe nesta segunda-feira (24) acusações de que lojas de um shopping na Avenida San Blás, estariam obrigando funcionários a trabalharem 12 horas diárias, com intervalo de almoço de 15 a 20 minutos.
Para investigar as denúncias de descumprimento das leis trabalhistas, representantes do Ministério da Justiça e Trabalho, esteve na capital do Departamento de Alto Paraná para inspecionar as lojas denunciadas.