Por Daryanne Cintra
O retorno das aulas no Colégio Estadual Carlos Drummond de Andrade em Foz, não foi os dos melhores. Isso porque a escola vem sofrendo com uma série de problemas na estrutura do prédio. Entre as maiores necessidades está a falta de condições usuais nos banheiros do colégio.
De acordo com o diretor, Umberto de Oliveira, a situação é tão grave que em alguns casos os alunos chegam a ser liberados para usar o banheiro de casa. “A última reforma, e ainda aparente, dos banheiros foi em 2007. A situação está feia. Dependendo temos que mandar o aluno pra casa, para que ele tenha um pouco mais de conforto para usar um banheiro”, disse.
Ainda conforme explicou o diretor, em março de 2012 o secretário de educação Flávio Arns visitou a escola, e conheceu de perto todas as necessidades. “A princípio ele se mostrou sensibilizado com a nossa causa e disse que iria tomar providências”. Depois dessa visita, com a ajuda do Núcleo Regional de Ensino, a escola Carlos Drummond foi integrada num projeto estadual, para receber um recurso de 150 mil reais para a reforma dos banheiros. “Esse dinheiro foi prometido que sairia no decorrer de 2013, porém o ano acabou e não recebemos nada”, disse Umberto.
De acordo com o diretor a explicação recebida foi de que, o colégio teria sido retirado desse projeto inicial com a proposta de ser colocado em outro projeto mais amplo, que contemplaria a reforma de toda a escola “Não temos nenhuma expectativa de quando isso vai acontecer. Essa situação só causa ainda mais angústia nos alunos, pais e funcionários”.
Já a diretora do Núcleo Regional de Educação, Ivone Muller, confirmou em entrevista à Rádio Cultura de que, realmente a escola iria receber o valor de 150 mil. Porém segundo ela, quando a equipe de engenharia visitou o local, foi constatado que a necessidade era maior, e com base nisso foi feito um orçamento de 600 mil reais.
“Conversamos com os pais e direção e retiramos a escola do primeiro projeto. Colocamos o colégio para a licitação da planilha e reforma completa. Enviamos um protocolado para a Superintendência de Desenvolvimento de Educação em Curitiba, que irá adotar as medidas para que a obra seja licitada”, disse Ivone.
Ainda de acordo com a diretora do núcleo, a escola recebe recursos de fundo rotativo. “Ano passado o colégio Carlos Drummond teve mais ou menos 10 mil reais desse recurso. Valor que deveria ter sido usado para pequenas reformas e reparos. Não podíamos ter deixado chegar a esse ponto”, explicou.
Para tentar uma solução parcial, sobre o problema, Ivone Muller disse que, propôs uma reunião com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, para esta quarta-feira, 12. “ A APMF tem em caixa um valor que pode ser aplicado na escola. O valor era de 15 mil reais, porém, o dinheiro precisa ser usa
do dentro de um prazo, caso contrario o recurso perde o valor de cerca de 30%. Esse dinheiro do caixa deveria já ter sido usado ano passado, e não foi. Por conta disso temos apenas um pouco mais de 10 mil. Porém mesmo assim, vou propor que usemos esse dinheiro para aliviar os problemas da escola, de imediato, até a licitação seja concluída”.