Policiais Federais em todo o país participam de protestos nesta terça-feira (11) em frente ao sindicado. No “Dia Mundial do Enfermo“, cruzes vermelhas serão empunhadas como um pedido de socorro por uma “Polícia Federal doente”. Os policiais federais reclamam que estão há sete anos com os salários congelados e que ainda não conseguiram o reconhecimento legal da suas atribuições.
Em vários locais será encenado que a Polícia Federal está doente utilizando maca de hospital, balão de oxigênio e soro. Segundo os sindicalistas, a encenação simboliza a “deplorável situação do órgão, que sofre nos últimos anos um boicote oficial”. Os servidores consideram que a situação é “uma espécie de castigo pelas operações anticorrupção que incomodaram o governo, a exemplo do Mensalão.”
Sindicalistas denunciam, ainda, que a queda de produtividade no órgão tem sido maquiada através da divulgação de estatísticas de inquéritos instaurados. Porém, “o inquérito significa apenas um procedimento burocrático se não acontecer o verdadeiro trabalho policial dos investigadores, que produzem as provas e possibilitam o indiciamento, que aponta o suspeito do crime”, esclarecem.
Segundo os sindicalistas houve queda de 86% no número de indiciamentos da Polícia Federal nos crimes de corrupção. Na visão dos coordenadores dos protestos, este é o reflexo da política de segurança do Ministério da Justiça, que teria criado mecanismos para controle político das investigações. Ainda segundo os sindicalistas o Ministério da Justiça não defende a PF dos cortes de investimentos e da perda de competências para o Exército e força nacional. Os policiais programam paralisações também para os dias 25 e 26 de fevereiro e para os dias 11, 12 e 13 de março.