A chefe da 16ª Circunscrição Regional de Trânsito (16ª Ciretran) em Foz do Iguaçu, Marta Matkievicz, informou durante entrevista ao programa Contraponto, na segunda-feira (3), que entre 60% e 70% dos candidatos a primeira habilitação reprovam na hora do exame. Segundo a chefe, a média não é registrada apenas na unidade de Foz, mas em todo o estado.
“Eu acredito que é devido ao nervosismo do candidato. Uma das alunas chegou bater em um poste enquanto fazia o teste no pátio da Ciretran. Segundo o instrutor da auto-escola, ela estava dirigindo bem, só que chega no Detran eles ficam nervosos e acabam esquecendo aquilo que aprenderam”, disse Marta.
Questionada sobre o atendimento na sede do Ciretran, Marta explicou que a demora ainda existe, mas está sendo solucionada através dos serviços que desde o ano passado foram disponibilizados pela internet e guichês eletrônicos. Respondendo a pergunta de um ouvinte sobre a falta de atendimento por telefone, a chefe explica que como o número de servidores não atende a grande demanda, a preferência é dada às pessoas que estão no local. Já na hora da aplicação da prova prática, a seriedade do examinador é necessária para não tirar a atenção do candidato.
“Nós temos aquele instrutor que sorri na hora da prova, tem aqueles que são um pouco mais ríspidos e tem aquele candidato também que ta nervoso e tenta conversar na hora do exame. Quando nós estamos aplicando o exame nós não podemos conversar com o candidato, porque vai tirar a atenção dele. Então as vezes a impressão que fica é que o avaliador é ríspido. Não vou dizer que isso não acontece, mas muitas vezes o examinador está sério só pra poder prestar atenção no que está acontecendo no teste”, explicou.
Questionada sobre um possível exagero nas regras de avaliação, Marta informou que as normas são elaboradas e enviadas pelo Detran a nível nacional e que as unidades da Ciretran apenas aplicam a prova já pré-estabelecida. “Nós seguimos as regras que estão estipuladas no manual de procedimentos, por exemplo, o candidato esqueceu duas setas, já são seis pontos e pra reprovar basta três. Então não tem como o candidato atingindo a pontuação, o examinador dizer que ele está apto”, concluiu.