O Paraná terá um plano de ações integradas de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (P2R2), com foco nas áreas suscetíveis à contaminação, especialmente os mananciais de abastecimento de água. O programa foi elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e pela Coordenação Estadual de Defesa Civil e é pioneiro no Brasil na sua característica de ações integradas. A implantação começa em fevereiro.
O investimento é de R$ 2,4 milhões, que será feito em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (R$ 1,9 milhão) e Governo Estadual (contrapartida de R$ 482,7 mil). O convênio entre o Estado e o Ministério foi assinado, na última semana, pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida.
São considerados produtos químicos perigosos explosivos, gases e líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis, oxidantes, tóxicos, infectantes, radioativos e corrosivos. Nos acidentes, predominam os líquidos e gases inflamáveis.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, explica que a preocupação com a poluição ambiental e os riscos à saúde provocados por produtos químicos perigosos têm incentivado a implementação de novas estratégias, sempre de forma integrada.
“O P2R2 é composto por uma série de ações a médio prazo, com metas específicas a serem cumpridas até o ano de 2016. O nosso objetivo é prevenir danos ambientais, sobretudo nos recursos hídricos, e diminuir os impactos, preservando todas as formas de vida”, afirma Cheida.
“A partir do nosso banco de dados, saberemos pontualmente onde agir e as ações integradas do P2R2 farão toda a diferença no atendimento”, diz o capitão Romero Nunes da Silva Filho, chefe de Operação da Defesa Civil. “Nossa expectativa, neste primeiro momento, está em torno dos cursos de qualificação que serão oferecidos à corporação, por meio do convênio, e aquisição de novos equipamentos próprios”, diz ele.
EXEMPLO PARA O BRASIL – Para o gerente de segurança química do Ministério do Meio Ambiente, Alberto da Rocha neto, o P2R2 Paraná é exemplo para outros Estados, principalmente do ponto de vista da proteção dos recursos hídricos e monitoramento ambiental. Ele explica que o projeto paranaense é pioneiro porque envolve órgãos que trabalham em três eixos, paralelamente: resposta, prevenção e monitoramento. “A integração de vários órgãos estaduais em um projeto único mostra que o Paraná está avançado no que diz respeito à articulação interinstitucional e de governo”, ressalta Rocha Neto.
O P2R2 Paraná tem como parceiros a Sanepar, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Instituto das Águas do Paraná.
O gerente de segurança química do Ministério do Meio Ambiente lembra que o Paraná saiu na frente antes mesmo de dar início à elaboração do P2R2: “O Paraná está dois anos à frente dos demais estados, tempo médio necessário para organização do programa. Isso porque conta com o sistema de informações da Defesa Civil, a experiência consolidada dos seus órgãos ambientais estaduais e a estrutura da Sanepar”.
AEN