Uma mulher de aproximadamente 35 anos estava morando embaixo do viaduto na Avenida JK com a BR-277. Ela foi identificada nesta quarta-feira (29), durante uma operação de resgate social que envolveu a Secretaria Municipal de Assistência Social, Família e Relações com a Comunidade, por meio da Diretoria de Proteção Especial, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, concessionária Ecocataratas, Polícia Rodoviária Federal e Militar, Guarda Municipal e Foztrans. O grupo chegou ao local às 6 horas da manhã. O trânsito foi interditado para a realização do trabalho de abordagem. Desde quinta-feira passada, a Assistência Social tentava identificar quem estava ocupando o local, mas apesar das abordagens durante o dia e em horários diferenciados ninguém foi encontrado.
A operação de retirada durante a madrugada foi a solução encontrada para tentar resgatar o morador de rua e convidá-lo a participar dos programas de acolhimento e recuperação oferecidos pelo município. A mulher, que se identificou como Renata, afirmou ser usuária de drogas e não quis ser encaminhada para nenhum dos programas. Para chegar até o local onde ela estava foi necessário o uso da escada do Corpo de Bombeiros. Ela se abrigava num espaço entre a coluna de sustentação do viaduto e a pista de asfalto do viaduto na BR-277.
A chegada da equipe surpreendeu a mulher, que manteve o primeiro contato com um educador da Assistência Social, ele conversou longamente com ela. Primeiro para saber a situação dela e depois falando sobre a acolhida que o município tinha para oferecer a ela. Apesar disso, ela juntou alguns pertences pessoais e preferiu se retirar, sem ter nenhuma assistência. Após a saída dela foi feita uma limpeza no vão onde ela estava vivendo. Foi retirado muito papelão, plástico, garrafas pet, mala e outros produtos encontrados pelas ruas e levado até lá pela moradora. Também foi limpa a outra abertura, que fica no lado oposto, que apesar de também estar com muitos materiais estava desocupada.
Tudo o que foi retirado foi recolhido pela concessionária Ecocataratas, que se comprometeu em fechar aqueles espaços embaixo do viaduto para evitar que voltem a ser ocupados por moradores de rua. Além das condições precárias do local, o vão está a uma distância de mais de cinco metros da pista de asfalto da Avenida JK, o que coloca em risco a vida de quem se aventura em buscar abrigo lá.
A Secretária de Assistência Social, Cláudia Pereira, participou com os representantes dos órgãos parceiros dessa abordagem. “Apesar do nosso trabalho de convencimento para que ela abandonasse essa condição de moradora de rua e fosse para um dos nossos programas, como CREAS POP e Mão Amiga, que disponibilizamos para pessoas que vivem em situação de rua, não tivemos êxito. Mas esse foi só um primeiro contato. Nossas equipes que trabalham nas ruas vão voltar a encontrá-la e tentar uma nova abordagem. Às vezes é preciso mais de uma dezena dessas tentativas para que a pessoa aceite mudar de condição”, destaca Cláudia.
As equipes da Secretaria de Assistência Social que atuam nas ruas fazem em média 35 abordagens por mês. Hoje no programa CREAS POP – Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População em Situação de Rua estão sendo atendidas 37 pessoas. Já no programa Mão Amiga, 18 pessoas que viviam nas ruas estão abrigados. São homens e mulheres que aceitaram apoio para resgatar a dignidade, tendo acesso à alimentação, higiene, assistência e moradia. O objetivo é promover o resgate dessas pessoas em vulnerabilidade social.
Por, AMN