Por, Dante Quadra
Em entrevista à Rádio Cultura na manhã desta segunda-feira (27), o diretor-presidente da Fundação Municipal de Saúde, Jorge Yamakoshi, anunciou que toda a diretoria da Fundação colocou os cargos à disposição. O diretor salientou que a mudança não afeta os serviços para a população e que novos nomes deverão ser indicados pela prefeitura ou pelo Conselho Curador. “O motivo que levou a isso é a falta de comprometimento com a prefeitura, com os repasses necessários para o bom funcionamento da Fundação”, justificou.
“O único contrato que nós temos hoje é com a prefeitura. Além de o dinheiro ser insuficiente e ter sido feito com um dinheiro muito a quem do necessário, ele foi pago com atraso […] Tudo tem fundo financeiro, atraso no pagamento de funcionários, não tinha dinheiro em caixa, atraso de pagamento de fornecedores, não tinha dinheiro em caixa, não tínhamos orçamento pra isso. […] Lembrando sempre que o hospital é municipal, é gestão plena, a responsabilidade da saúde do município de Foz do Iguaçu é da prefeitura.”, disse Jorge Yamakoshi.
A Fundação Municipal de Saúde teria ainda encerrado o ano de 2013 com contas a pagar no valor de R$ 12,5 milhões, que deveriam ter sido repassados nos primeiros quatro meses da administração da Fundação. “Sempre conversamos com nossos fornecedores funcionários, que nós não tínhamos um orçamento adequado”, disse o diretor, informando que no novo contrato está previsto R$ 1,7 milhão a mais no orçamento do Hospital Municipal. “Deverão ser feitos alguns planos de contenção lá dentro que já estavam programados”, concluiu Yamakoshi.
Na semana passada, a secretária de Saúde de Foz do Iguaçu, Letice Lima, informou durante o programa Contraponto, que o Ministério Público fará uma auditória nas contas da Fundação Municipal de Saúde. Segundo ela, o repasse mensal de R$ 3,5 milhões não estaria cobrindo as despesas do hospital, que estaria gastando R$ 5 milhões mensalmente e a auditoria serviria para ver a viabilidade da Fundação.