Médicos de Puerto Iguazú continuam migrando para o Brasil

Por, Dante Quadra

O programa Mais Médicos, do governo federal brasileiro, tem despertado o interesse de profissionais dos países vizinhos que buscam novas experiências de trabalho e melhores salários. O programa foi criado para amenizar a falta de médicos na rede pública de saúde do Brasil. A maior parte dos inscritos estrangeiros são argentinos. Na primeira fase do Mais Médicos, em agosto do ano passado, 141 profissionais vieram do país vizinho, seguidos por espanhóis (100), cubanos (74), portugueses (45) e venezuelanos (42).

Em Foz do Iguaçu, 13 médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, já estão trabalhando em postos de saúde, entre eles dois argentinos da cidade vizinha Puerto Iguazú, o pediatra Ricardo Helmfelt e o cardiologista Gabriel Eduardo Espinosa.

Na semana passada, o secretário de Saúde Pública da Província de Missiones, Oscar Herrera Ahuad, mostrou preocupação com os profissionais que deixam a argentina para atuar em cidades brasileiras. Segundo o secretário, nos próximos dias mais cinco médicos deixarão a cidade de Puerto Iguazú, entre eles, o ex-vereador Roberto Arévalo.

Ahuad informou que alguns desses profissionais já não atuavam mais na rede de saúde do município. Ao todo, nove médicos deixaram Puerto Iguazú desde agosto do ano passado. Quatro vagas já foram preenchidas e o governo provincial já autorizou a ocupação das demais vagas.

Requisito

Para participar do programa, o país deve ter pelo menos 1,8 médico a cada mil habitantes. A regra serve para que o país de origem do profissional não sofra com a falta de atendimento na saúde.

Em agosto de 2013, o Tribunal Regional Federal negou o direito de uma brasileira formada no Paraguai, de participar do programa. Segundo a justiça, o país não pode participar do programa, sendo que possui menos de 1,8 médicos a cada mil habitantes.

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