Coletiva sobre confronto com procurado em três países

O delegado Chefe da 6ª SDP, Alexandre Macorin, e o comandante do 14º BPM, tenente coronel Lauro Ota, reuniram a imprensa para revelar detalhes sobre o confronto que culminou com a morte de Renato Dutra Pereira, o “Renatinho”, além das prisões de suspeitos de envolvimento em crimes na fronteira. Informações recebidas pelo serviço reservado da Polícia Militar levaram os policiais até a residência onde o grupo foi localizado no jardim Canadá em Foz do Iguaçu.

Na quinta-feira (9) durante as buscas pelos acusados de assalto a banco e roubo de malote de carro-forte, os policiais fizeram um cerco no jardim Jupira, para verificar a informação que integrantes da quadrilha estivessem escondidos na região. Nada foi encontrado. Na sexta-feira (10) uma nova informação foi repassada ao serviço de inteligência da PM indicando que um dos integrantes da quadrilha, apontado como sendo “Renatinho”, poderia estar em uma residência na região norte.

Os policiais militares do serviço reservado acionaram os agentes da Polícia Civil que conheciam o local indicado no jardim Canadá, pois haviam feito prisões por tráfico de drogas na mesma casa. Os policiais invadiram a casa e deram voz de prisão a cinco pessoas. Renatinho teria resistido e entrado em confronto com os policiais. Ele foi ferido e socorrido pelo SIATE, mas morreu a caminho do hospital.

“Renatinho” era considerado extremamente perigoso pelas forças policiais e procurado por sequestro, homicídio e assalto a banco no Brasil, Paraguai e Argentina. Ele havia fugido de três penitenciárias consideradas de segurança máxima (Foz do Iguaçu em 2006; Ciudad Del Este no Paraguai em 2007 e de Ezeiza em Buenos Aires na Argentina em 2013).

O assaltante foi reconhecido no assalto ao Banco Sicredi e era suspeito de participar do assalto a um carro forte. “Quanto ao assalto ao banco ele foi reconhecido ‘sem sombra de dúvida’, já em relação ao assalto ao malote existe a possibilidade de participação, mas não temos informações fundadas”, disse o delegado.

Segundo o delegado Alexandre Macorin, o trabalho conjunto das policiais civil e militar permitiu a localização dos suspeitos. Macorin destacou que o “material humano” disponível para a segurança pública na fronteira é “muito bom”. Ainda segundo o delegado, policiais que estavam em período de férias trabalharam para solucionar os casos. “Esses policiais revelaram perspicácia e comprometimento coma as instituições a que pertencem”, elogiou.

O Tenente Coronel Lauro Ota, destacou a importância de troca de informações e do trabalho conjunto das policias. Ota lamentou, entretanto, a reação do foragido. “Infelizmente, ele (Renatinho) não obedeceu à ordem de prisão e reagiu disparando contra os policiais”. As investigações policiais prosseguem para a captura dos outros suspeitos de participação nos crimes investigados.

Apreensões e prisões

Durante a operação policial foram apreendidos três coletes balísticos, uma espingarda calibre 12, maconha e uma pistola calibre 380. Os policiais detiveram ainda Felipe Renê Verges, 26, condenado pelo crime de trafico; Valdemir Laurentino Viana, 20, com passagem por porte ilegal de arma de fogo; Gean Carlos dos Santos,19, com  passagem por tráfico de drogas na adolescência e Rodrigo Carneiro, 20, preso por roubo. Os detidos foram encaminhados para a 6ª SDP.

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