O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) inicia nesta sexta-feira (10) um novo ciclo na história da produção e fornecimento de vacinas antirrábicas para o Ministério da Saúde. Depois de mais de 30 anos produzindo a vacina para cães e gatos, que o Ministério da Saúde utiliza em suas campanhas de profilaxia da raiva, utilizando, como substrato, tecido nervoso de camundongos neonatos (recém-nascidos), o instituto inicia em janeiro o fornecimento do imunobiológico de sua vacina produzida pelo método do cultivo celular, tendo adotado processo inédito denominado “perfusão”, que valorizará sobremaneira o produto.
O novo método permite obtenção de um produto mais puro e capaz de induzir maior produção de anticorpos, sendo mais seguro para os animais, por não provocar efeitos colaterais. Além de evitar o sacrifício de animais.
O diretor-presidente do Tecpar, Júlio Felix, assina nesta sexta-feira (10), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, o contrato de fornecimento de um lote de 10 milhões de doses da vacina, que é a necessidade do ministério para este ano de 2014, uma vez que ainda restam alguns produtos acumulados em seu estoque.
“Para nós, primeiro, tem efeitos até psicológicos, pela guinada que isso representa. Por outro lado, também efeitos financeiros, contribuindo para o crescimento da arrecadação, importante para o sucesso da empresa. E outro fator é finalmente a nossa entrada no grupo de empresas que produz vacinas de última geração. O Tecpar atualizou tecnologia, fortaleceu a relação com o cliente e criou um ânimo novo dentro da própria organização”, afirmou Júlio Felix.
A vacina já está produzida e estocada no Tecpar e aguarda apenas a assinatura do contrato de fornecimento e a consequente autorização do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, para que se inicie a distribuição dos primeiros lotes desse total contratado de 10 milhões.
Independente desse contrato, segundo Félix, a produção da vacina antirrábica continuará acelerada, para que, ainda neste ano, conforme acordado com o Ministério, sejam produzidas e entregues mais 20 milhões de doses.
Para isso o Tecpar fará a ampliação de sua planta de produção, troca do sistema de produção de água e vapor, possibilitando que essa unidade seja certificada pelos procedimentos de Boas Práticas de Fabricação (BPF), que são exigidas nas unidades fabris farmacêuticas de produção de medicamentos para uso humano. “Daremos um verdadeiro salto de qualidade em direção à excelência como laboratório oficial de produção vinculado ao Ministério da Saúde”, comemora Júlio Salomão, diretor de Biotecnologia Industrial do Tecpar, responsável pela área de produção de vacinas do instituto.
Por, AEN