Os portos clandestinos seguem funcionando tranquilamente no bairro San Miguel, às margens do Rio Paraná, em Cidade do Leste. Essa foi a manchete do jornal paraguaio Diário Vanguardia, nesta quinta-feira (9). A denúncia acontece três dias depois do assalto a um carro-forte em frente ao banco Bradesco, na Vila Portes, em Foz do Iguaçu, onde os assaltantes conseguiram fugir de lancha com o dinheiro até o outro lado da fronteira.
Nesta mesma região de Cidade do Leste, chamada de setor Kuwait, a polícia paraguaia apreendeu na última segunda-feira uma grande quantidade de mercadorias em um dos portos clandestinos, evidenciando a rota do tráfico internacional. Entre as apreensões, estavam 16 quilos de maconha, distribuídos em 18 tabletes em estado de decomposição. A droga estava a 300 metros do Rio Paraná.
O dono do depósito foi identificado como sendo Blas Alfonso González Villalba, que ainda será interrogado pelas autoridades vizinhas. Villalba reponde processo por acusado de tentativa de tráfico, sendo que as mercadorias estavam em uma área de porto clandestino e empacotadas para transporte aquático.
No dia de 20 fevereiro do ano passado, uma operação da Unidade Anti-drogas, constataram a existência de vários desses portos pela região, mas a investigação não chegou ao fim.
A responsabilidade de fiscalização da margem paraguaia do Rio Paraná, é da Base Naval, a Marinha do Paraguai, que depende da Armada Nacional para policiar os rios da fronteira.