Mônica Nasser
Uma audiência realizada no auditório do SESC, na sexta-feira (13) colocou em discussão o Projeto de Lei que regulamenta a instalação de Free Shops na cidade. Estiveram presentes representantes de diversas entidades ligadas ao comércio, entre elas a ACIFI- Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu, além do Prefeito Reni Pereira e da vice, Ivone Barofaldi. A discussão foi encabeçada pelo deputado federal, Sergio de Oliveira que trouxe de Brasília, a Drª Mara Cristina, representante da Receita Federal para esclarecer dúvidas dos presentes. “A RF pretende regulamentar a instalação dos Free Shops, mas dá ao município a prerrogativa de querer ou não o Free Shop e decidir o local, o que estará dentro do Plano Diretor do Município”, destacou Mário Camargo, vice-presidente de Comércio Exterior da ACIFI.
De acordo com Camargo é preciso olhar a região onde se localiza a cidade de Foz do Iguaçu e de uma maneira diferenciada. “Nós já temos atrativos suficientes e concorrência suficiente que é o Free Shop, da Argentina e também o Paraguai. Espero que se possa entender a viabilidade ou não, e que se possa colocar algumas regras”, lembrou.
Foz do Iguaçu que fica na região da tríplice fronteira envolve três países, Brasil, Paraguai e Argentina. Entre as mais de 28 cidades envolvidas, Foz do Iguaçu é a cidade com a maior população, maior número de turistas e de circulação. Questionado sobre os benefícios para a população, com os Free Shops como uma opção a mais no comércio, Camargo destacou que todas as possibilidades serão levantadas. “ Ainda não temos uma opinião formada na ACIFI. Quem vai decidir serão as entidades ligadas ao comércio e ao trade turístico e não será uma decisão unilateral.Se a sociedade entender que é bom negócio para Foz abraçaremos e ajudaremos para que os Free Shops venham agregar em termos de turistas e em termos de arrecadação para o município e maior desenvolvimento da nossa economia”, completou.
Outra reunião deve ocorrer no início do ano para debater a mesma temática. A implantação das lojas francas já foi debatida neste ano, em setembro, juntamente com a Receita Federal.