Com queda de 60% nas vendas, os comerciantes do maior centro comercial da América do Sul estimam que 2013 foi o pior ano dos últimos tempos para as vendas na fronteira. Os lojistas atribuem o pouco movimento de compristas às operações militares do lado brasileiro, valorização do dólar ante o real e o endividamento do cartão de crédito dos brasileiros.
Armando Santamaría, presidente da Fedecamaras e Câmara de Importadores de Eletrônicos, afirma que 2013 deixará brechas comerciais na região de fronteira do Paraguai e será um ano para ser esquecido. “O comércio de Cidade do Leste termina em vermelho. O Paraguai está vivendo um novo cenário, que é de um país que precisa de ajustes em todas as direções”, disse.
O representante empresarial afirma ainda, que o governo nacional começa a injetar uma nova dinâmica ao país, quando vê o crescimento agroindustrial sustentável. Durante os últimos dois anos a agroindústria chamou atenção de investidores internacionais, fazendo com que o Paraguai hoje esteja na mira de países com oportunidades de investir com o apoio da Lei de Aliança Público Privada, estabelecida pelo presidente Horácio Cartes.
Ambulantes
O presidente da Associação de Trabalhadores Independentes de Cidade do Leste, Javier Miranda, disse que os últimos meses foram os piores do ano, devido a pouca venda e movimento de turistas. Segundo o trabalhador, a atividade comercial caiu 60% em comparação ao ano passado. “O estado esteve ausente, não houve interesse. A prefeitura tentou fazer pequenas coisas, mas sua disponibilidade não teve muito eco”, disse.
Miranda pede ainda que os governos promovam segurança dos turistas, sendo que parte na queda das vendas se deve a cadeia de corrupção, que afasta turistas.
Copa do Mundo
Já para 2014 os comerciantes da cidade paraguaia acreditam que haja uma recuperação devido a Copa do Mundo realizada no Brasil. “Com a chegada do Mundial é muito provável que o fluxo do comércio seja afetado pelos rigorosos controles, mesmo assim, esperamos de forma otimista que 2014 seja melhor que 2013. Esperamos que o campeonato de futebol de alguma maneira seja revertido ao comércio de Cidade do Leste. Com a Copa esperamos que a situação do comércio melhore e possa recuperar a vitalidade que pouco a pouco foi perdida”, disse Santamaría.
Informações: Diário Vanguardia
Tradução: Dante Quadra