Na manhã desta terça-feira (3) veio a público um comunicado interno do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu (HMFI), informando a suspensão dos serviços de cirurgias eletivas, consultas eletivas ambulatoriais e exames eletivos, como endoscopia, ultra-sonografia, colonoscopia e outros. Segundo já havia informado a fundação Municipal de Saúde, que administra o HMFI, o atraso no pagamento dos salários dos médicos, falta de medicamentos e produtos de atendimento básico, deve-se ao atraso do repasse do município, que por sua vez recebe do governo do Estado.
Em entrevista à Rádio Cultura, nesta terça-feira (3), o secretário de Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, lembrou que o governo se comprometeu a repassar ao município o valor de R$ 15 milhões a serem destinados exclusivamente ao Hospital Municipal.
O anuncio do repasse foi feito em julho e iniciado em agosto deste ano, devendo ser pago em 10 parcelas de R$ 1,5 milhão. Caputo informou que as parcelas foram adiantadas e que R$ 13 milhões já foram repassados à prefeitura de Foz do Iguaçu. “O município pediu algumas antecipações, porque a situação orçamentária que foi deixada pelo município não dava essa possibilidade. Desses R$ 15 milhões, com o pagamento desses R$ 2 milhões que estão saindo hoje, o mais tardar amanhã, já quase que praticamente estamos quitando esse compromisso dos R$ 15 milhões, em muito menos tempo do que as 10 parcelas que tínhamos ajustado”, disse.
O secretário explicou que o Hospital Germano Lauck é municipal e por isso está com outros 70 municípios do Paraná na chamada Gestão Plena do Sistema (Comando único), o que permite o município receber recursos do Fundo Nacional de Saúde, diretamente ao Fundo Municipal de Saúde.
“O município de Foz do Iguaçu entrou em contato com o governo, nós somos parceiros de Foz do Iguaçu, no sentido do governo ajudar com R$ 15 milhões nesse início da Fundação, mas continuam recebendo do Fundo Nacional e pela produção, por que é Gestor Pleno e pediu esse adicional de R$ 15 milhões”, disse o secretário estadual.
Michele Caputo ressalta ainda, que o governo tem cumprido com sua parte, mas que é preciso o município fazer mais, como outras formas de assistência e atenção, além da Atenção Básica. “Ou achar que o grande problema dessa Fundação seja o financiamento por parte do Estado”, finalizou Caputo Neto.