Por, Dante Quadra
As autoridades de Cidade do Leste ainda não sabem o que fazer para resolver o problema dos indígenas que vivem em barracos à beira de uma rua quase em frente à rodoviária da cidade. Estima-se que cerca de 500 índios morem no local, sem a mínima infraestrutura.
Uma área afastada do centro já foi dada aos índios, mas a maioria volta devido ao fluxo de pessoas que dão esmolas. Os pequenos indiozinhos andam em meio aos veículos que param nos semáforos de uma das principais avenidas da cidade, quase em frente ao Palácio do Governo do Departamento de Alto Paraná.
Falando em Guarani, único idioma compreendido por eles, os indiozinhos pedem moedas às centenas de motoristas que passam em uma das vias mais movimentadas da fronteira.
Além de pedintes, muitos indígenas trabalham com prostituição. Alguns motoristas que passam pelo local, contam ainda que alguns índios se jogam em frente aos carros durante a noite, na tentativa de conseguir algum tipo de indenização.
Assim como no Brasil, os índios paraguaios também são protegidos pelo governo. O problema é que nem os índios conseguem sair da situação de miséria, álcool e prostituição, tão pouco o governo consegue dar oportunidades aos remanescentes da legítima cultura guarani.