Mônica Nasser
O 1º Seminário Internacional de Saúde do Homem na Tríplice Fronteira, que terminou nesta quinta-feira (21), no Parque Tecnológico Itaipu conta com a presença de mais de uma centena de profissionais da área. A Longevidade do homem é o ponto principal discutido por especialistas que afirmam ser necessárias mudanças no assunto que envolve uma questão de gênero.
Segundo Eduardo Schwarz, gestor do Ministério da Saúde da Área Técnica de Saúde do Homem, a expectativa de vida no Brasil é sete anos inferior à da mulher. “Precisamos de mudanças culturais efetivas. Os homens em geral têm dificuldades de buscar os serviços de saúde e seguir os tratamentos recomendados. Geralmente eles assimilam que isto os deixaria mais fragilizado e que por serem “fortes” não poderiam buscar estes espaços que seriam mais femininos”.
A ação do Ministério da Saúde esta direcionada no sentido de desfazer esta visão e construir reflexões para que a mudança aconteça. “O Ministério tem desenvolvido diversas ações neste sentido, com campanhas e materiais educativos e a coordenação estaduais e municipais, para que os trabalhos sejam realizados em todo território nacional disseminando na rede SUS”.
Segundo Luciana Sartori, gestora do Grupo de Trabalho da Itaipu-Saúde, representantes do Brasil, Paraguai e Argentina discutem estratégias para mudar este processo e diminuir a mortalidade masculina. Luciana citou o exemplo de um Centro de Atendimento a Homossexuais, no Paraguai e que é financiado por uma ONG para discutir a saúde sexual masculina e quebrar paradigmas. “Hoje se discute muito o acolhimento masculino, a exemplo da Campanha Novembro Azul e Agosto Azul, sem esquecer o pré-natal masculino, quando o pai acompanha a mãe e aumenta o envolvimento dele com a família. Isto reduz a agressividade natural do homem ligada ao se expor mais ao risco.Quando ele esta mais envolvido com a família, um pouco do feminino dele esta mais desperto”, completou Luciana.
Dados:
No Brasil, cerca de 80% dos acidentes e da violência acometem o homem.Com relação a morbidade, chega a 90%.Os homens tem uma tendência maior a várias doenças como a obesidade, por exemplo.