Por, Mônica Nasser
A mobilização que teve início em nove de junho deste ano envolve além dos microônibus, as linhas internacionais e metropolitanas. O fato discutido é que os profissionais da área são contra o recurso apresentado pelas empresas responsáveis pelo transporte público na cidade contra a decisão judicial que proíbe a dupla função para os condutores.
A determinação foi da juíza Erica Yumi Oki, da 1ª Vara do Trabalho que entendeu ser impossível desempenhar a dupla função, dirigir e cobrar ao mesmo tempo e desobrigou os motoristas a fazer isso. Duas audiências já ocorreram em outubro, no Tribunal Regional do Trabalho, para analisar esta questão. Uma no dia 24 e outra no último dia 30, em Curitiba e foi determinada a contratação de novos cobradores.
De acordo com os trabalhadores, nos últimos dois anos, desde que o consórcio responsável pelo transporte coletivo na cidade passou a operar, ao menos 60 cobradores foram demitidos e a função precisou ser acumulada pelos motoristas. Além disso, vários ônibus que serviriam como alimentadores até terminais nos bairros foram substituídos por veículos menores.
Segundo César Henrique Alamini, que representa o Consórcio Sorriso novos profissionais já foram contratados. “Nós já fizemos a contratação de 18 novos cobradores e os outros devem ser contratados até 30 de novembro”. Os trabalhadores estão operando nas linhas internacionais e metropolitanas ( linha Foz do Iguaçu e Santa Terezinha). Ainda segundo Alamini se for determinado que estes cobradores devem operar nos microônibus, o que para ele não esta claro, deve haver um custo que será repassado ao usuário. “Desde a licitação pública, em 2010, os microônibus operam sem cobradores. Não incluímos este custo na nossa proposta comercial, se este custo ocorrer, vai gerar um custo extra e significa um aumento de tarifa que entendemos desnecessário, isto será repassado ao usuário, embora faremos o que for determinado”.
Ainda com relação à decisão da juíza Erica Yumi Oki, deveria ser paga uma multa diária, caso fosse detectado o acúmulo de função. “A Juíza determinou um valor a mais pago a cada motorista que acumule função, mas isto não está sendo pago e entendemos que vamos reformar isto”, ressaltou Alamini.
Segundo Dilto Vitorassi, que representa o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Foz do Iguaçu, em janeiro mais 20 cobradores devem ser contratados, o que esta sendo analisado pelo Prefeito Reni Pereira. “A única forma para se ter um transporte mais ágil é fazer com que o motorista não tenha que parar e cobrar . Quanto a comodidade é tirando os microônibus que tem poucos assentos e colocando ônibus melhores.Queremos que a população seja transportada de forma humana.
Vitorassi afirmou que o acordo esta condicionado a aprovação da Prefeitura Municipal e lembrou, “Há três anos atrás já foi determinado que tinha que ter cobrador .São três anos acumulado com dinheiro da passagem para as empresas.Nós do Sindicato somos contra o aumento de tarifa e o repasse deste custo ao usuário”, finalizou.