O Diretor- Presidente da Fundação Municipal de Saúde, Jorge Yamakoshi, que administra o Hospital Municipal Germano Lauck, esteve na sessão da Câmara de Vereadores na terça-feira (19), onde foi sabatinado pelos parlamentares.
O gestor apresentou as ações internas que o órgão tem desenvolvido, tais como: Capacitação e Integração de todos os colaboradores; melhora na alimentação dos funcionários; criação de prêmio por assiduidade; criação de 15 Comissões: Infecção Hospitalar, Padronização de Medicamentos, Verificação de óbitos, dentre outras. As ações externas também foram destacadas, como: Campanhas de conscientização da higienização das mãos nas escolas municipais; campanha de doação e captação de órgãos e a campanha do Outubro Rosa. Yamakoshi também enfatizou as ações emergenciais que tiveram de ser tomadas após o período de transição, dentre elas: alterações na estrutura física para acabar com alagamentos e vazamentos, pavimentação em algumas áreas, bem como comprar de medicamentos e materiais.
“Com relação ao Laboratório, quero reafirmar que nos informaram, quando assumimos, que a Prefeitura não forneceria mais esse recurso para o hospital. Nós terceirizamos o laboratório porque não tínhamos dinheiro para comprar equipamentos que custavam cerca de um milhão de reais”, ressaltou o gestor. Quanto ao surto da bactéria KPC, Yamakoshi ressaltou que isso é comum nos hospitais, mas não tiveram nenhum óbito em virtude disso.
Dois funcionários do HM deram suas declarações na tribuna. O enfermeiro Cleverson, que entrou no Hospital Municipal em 2010 pela Pró-Saúde e hoje continua trabalhando lá, se posicionou. “No período da Pró-saúde existiam algumas pactuações que geravam um número menor de atendimento pelo Pronto-Socorro. Hoje, atendemos um número maior. Embora, a dificuldade que a gestão anterior passou, esta administração também passa. Tanto a gestão passada, como esta buscam uma coisa só: qualidade no atendimento”.
Karen, enfermeira da UTI pediátrica do Hospital também ponderou as dificuldades enfrentadas pelos funcionários. “As dificuldades existem, porque é a realidade da saúde pública, em decorrência da falta de investimento no setor. As mortes por infecção hospitalar também são comuns. Agora, há uma diferença entre pacientes colonizados por bactérias e infectados.”
Diretor Técnico do Hospital Municipal, Faisal Jomaa, fez perguntas ao Vereador Nilton Bobato (PC do B) e se posicionou contrariamente às denúncias que o parlamentar apresentou no que tange ao Hospital Municipal. “Venho manifestar minha indignação quanto à divulgação leviana a respeito do número de óbitos, infecção por KPC”.
O Vereador Nilton Bobato respondeu aos questionamentos, enfatizando que o problema que apontou é referente à gestão da unidade de saúde e não do trabalho dos funcionários. “Quanto as denúncias que eu tenho, são oriundas de alguns funcionários do Hospital e que se a Comissão de Inquérito fosse aberta, eu apresentaria. Mas, como ela não foi, não vou expor o nome dessas pessoas sem necessidade”.
O Diretor-Presidente Jorge Yamakoshi replicou. “Acho imprudente perguntar qualquer coisa às pessoas e não à Diretoria do órgão. Com relação aos documentos solicitados pela Câmara, nós estamos trabalhando, fazendo o Hospital funcionar, não temos condições de colocar uma pessoa especialmente pra fazer esse levantamento”.
O Vereador Paulo César Queiroz – Coquinho, da Comissão permanente de Saúde da Câmara, afirmou que a comissão está fazendo uma enquete com a população sobre o atendimento do HM e depois apresentará um relatório a Casa. Na mesma linha de raciocínio e ao final do debate, o Presidente da Câmara – Zé Carlos (PROS), assim como outros Vereadores, defendeu uma investigação sobre a saúde desde o fechamento da Santa Casa e não somente da situação atual.
Câmara Foz