Por Daryanne Cintra
Neste final de semana, estudantes de todo o Brasil participaram da prova do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. O sábado e domingo foram de muita movimentação, em várias cidades de todo o país. Só em Foz do Iguaçu, 10 instituições de ensino aplicaram a prova. O primeiro dia de prova foi composto por 90 questões objetivas, divididas nas disciplinas de Ciências Humanas e Ciências da Natura. Já no segundo dia, os alunos responderam mais 90 questões entre Matemática e Linguagens. No domingo, o tema da redação do Enem surpreendeu muitos estudantes – “Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”.
A preparação para prova, através de estudos e cursinhos, ajudou muito os alunos que fizeram o Enem. Para a estudante do 3º ano do ensino médio, Bruna Santos, a prova estava fácil. “Caiu bastante coisa que os meus professores já haviam falado em sala de aula, coisas que realmente estudei, e isso ajudou muito. Se eu alcançar uma boa média, pretendo cursar psicologia. Outra coisa que gostei muito foi do tema da redação, pois é algo que está sendo bastante abordado e o assunto rendeu boas argumentações”, falou.
Para a estudante Andressa Lima, a prova estava difícil, principalmente Ciências Humanas. “Não vou bem ciências, mais em compensação em matemática me sai melhor. A redação eu também gostei, o tema foi bom e consegui desenvolver o texto. Fiz o Enem porque pretendo cursar Arquitetura, Agronomia ou Engenharia Civil”, completou.
Já o estudante do bairro Três Lagoas, Augusto César disse que esperava outro tema na redação. “Pensei que poderia ser algo melhor, como a visita do Papa ao Brasil, os protestos da sociedade, ou até mesmo a Copa das Confederações. Apesar de ter me saído bem com o tema ‘Lei Seca’, acho que esses assuntos que citei marcaram muito mais esse ano no Brasil”, avaliou.
Atrasos
Os portões de acesso em ambos os dias, foram abertos às 12h, e fechados pontualmente às 13h (horário oficial de Brasília). Pontualidade essa, que muitos estudantes não conseguiram cumprir. Como no caso da jovem Camila, que mora no Porto Belo. “Peguei o portão fechando praticamente na mesma hora em que cheguei. Esqueci meu cartão de confirmação e tive que voltar pra casa buscar. Queria fazer o Enem para ingressar numa boa faculdade, terei que esperar o ano que vem”, contou.
Já Brenda Rodrigues, do Jardim Novo Horizonte, se queixou das falhas no transporte coletivo da cidade. “Eu ia pegar o ônibus às 11h40, e dez minutos antes eu já estava no ponto, mas, ele não passou. Então precisar pegar outro que rodou o bairro Porto Meira inteiro, e então cheguei atrasada. Isso complicou muito, porque ano passado teve ônibus extras e esse ano não”, relatou a jovem que perdeu a prova.
A mesma observação também foi feita pela estudante Daniela Alves, do bairro Adriana II. “Eu cheguei cedo ao terminal, mais o problema foi que o ônibus nunca chegava até lá. No ano anterior tinha várias opções de linhas extras, e esse ano não teve. Muitos alunos se prejudicaram por isso, principalmente os que moram longe do local da prova”, disse.