Vinte e cinco micro-ônibus não estão realizando o transporte coletivo na cidade, ou seja, 15% dos veículos que normalmente circulam estão paralisados e quem sofre diretamente com a situação é a população. Na manhã desta terça (23), por exemplo, dezessete destes carros deixaram de operar no horário de pico, das 6 às 8h e envolveu diretamente onze linhas.
Segundo representante da classe trabalhista, Antônio Nereu Claro, até o presente momento não há nada concreto e o sindicato aguarda posicionamento das empresas. “Nós pedimos o apoio da população e que nos ajude na luta dos nossos direitos”, pontua Nereu.
Do outro lado, César Henrique Alamini, em nome do Consórcio Sorriso, explica que entraram na justiça trabalhista pedindo dissídio coletivo de greve e pedindo que o Tribunal se manifeste para que haja um consenso entre as partes. Em relação à decisão da juíza Erica Yumi Okimura, da 1ª Vara do Trabalho, César pontua que a mesma deve ser levada em consideração, porém é em primeira instância e cabe recurso. “É um direito. Nós inclusive fomos ameaçados de que se recorrêssemos, fariam essa greve. E foi o que aconteceu”.
Ainda conforme Alamini, a questão dos cobradores é uma situação que se arrasta desde a licitação pública em 2010. No edital, acrescenta, constava no anexo quatro que para os micro-ônibus a proposta comercial é que não exista o posto de cobradores. “E o Consórcio logicamente fez desta forma, não poderia ser diferente, sob pena inclusive de ser inabilitado na licitação”, defende pontuando que o motorista do micro quando está cobrando, não está com o veículo em circulação e que isso não acarretaria em nada na segurança dos passageiros.
Fechando, César Henrique esclarece que mesmo tendo dez dos micro-ônibus com espaço para o cobrador, as empresas não possuem os mesmos e para isso será necessário contratar. “Acredito que teremos a audiência no tribunal e até amanhã essa situação se resolva”.
Já o superintendente da FozTrans, Paulo Tremarin, pretende fazer valer o contrato e irá notificar ainda hoje o Consórcio Sorriso para uma conversa, estipulando prazo que a volte a normalidade o transporte coletivo da cidade. Vale ressaltar que o descumprimento de cláusulas pode levar inclusive ao rompimento do contrato. “Mas acredito que isso não irá acontecer e que até amanhã até o meio dia tudo esteja na conformidade”, expressou o superintendente.
Por Keyla Cristina