Inaugurada em outubro de 2012, pelo ministro da Justiça José Cardoso, a central de videomonitoramento de Foz do Iguaçu, sediada da Guarda Municipal, conta com 124 câmeras de monitoramento instaladas em todas as regiões da cidade, com o objetivo de ajudar no trabalho dos órgãos de segurança da fronteira, tanto para evitar crimes contra a população, como conter o tráfico e contrabando. A central e as câmeras tiveram um custo de R$ 5 milhões, oriundos do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronaci).
Em entrevista à Rádio Cultura, nesta terça-feira (22), o secretário de Tecnologia da Informação do Município, Melquizedeque Souza, informou que por problemas técnicos causados pela falta de uma empresa especializada na manutenção do equipamento, 30% das câmeras não estão funcionando. Para resolver o problema, a prefeitura abriu um edital para a contratação de uma empresa. Para isso, foi realizado um levantamento de custos de quantos técnicos e veículos são necessários para a manutenção.
“Já terminamos esse levantamento e nos próximos dias esse edital será lançado, trabalhando em no máximo 40 dias”, disse o secretário, informando que técnicos da prefeitura fazem o serviço embora não sejam especializados nesse tipo de equipamento. “O custo é de R$ 40 mil a R$ 50 mil mensais para a manutenção das 124 câmeras nas ruas, além do conjunto interno, como computadores e operadores”, acrescentou Melquizedeque.
Como a transmissão das imagens é levada até a central via sinal de rádio, o secretário explicou que o tempo, como chuva e vento, influenciam no funcionamento. “Estamos também em uma região de fronteira onde existem vários equipamentos clandestinos ligados diariamente em freqüências que atrapalham o trabalho. A gente percebe que uma câmera que está ligada hoje e amanhã não está mais, podendo ser a interferência de uma rádio instalada que não está homologado na Anatel”, disse.
Devidos a esses sinais clandestinos, as câmeras instaladas na área central de Foz do Iguaçu são as mais prejudicadas. “Tivemos que fazer uma readequação nos rádios bases para o edifício do Banestado e pode ser que em alguns momentos elas podem estar perdendo a comunicação, porque é uma região muito poluída por sinal de instalações clandestinas de rádios. Como a transmissão é de imagem, ela necessita um canal de comunicação limpo para que seja transferido corretamente, se não o operador não consegue visualizar e nem manusear a mesa de controle na central de operações”, ressaltou Melquizedeque Souza.
Por, Dante Quadra