Na sexta-feira passada, o governador Beto Richa anunciou cortes de gastos no governo, extinguindo cerca de mil cargos comissionados, inclusive a Secretaria de Turismo do Estado. Segundo o governador, as medidas não são apenas para diminuir os gastos públicos, mas também melhorar a gestão e qualidade dos serviços. A decisão foi contestada pelas entidades de turismo do Paraná, principalmente de Foz do Iguaçu, principal destino turístico do Estado.
O Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (Comtur), enviou aos meios de comunicação uma carta de repúdio condenando a extinção da Secretaria Estadual de Turismo, que aconteceu no dia em que se comemora o Dia do Turismo, em 27 de setembro.
A carta do Conselho cita que o governo cometeu contrassenso em acabar com a secretaria, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, onde as cidades se preparam para receber milhares de turistas. Para o Comtur, a medida vai na contra-mão de tudo o que está sendo feito hoje no Brasil.
“O turismo é hoje a atividade econômica que mais cresce no mundo e também a que mais gera empregos, quase tudo às expensas da iniciativa privada. Do poder público o que se espera é uma iniciativa que facilite a atividade e, por consequência, a atração de visitantes”, diz um trecho da nota.
Para o Estado, o corte com funcionários e secretarias representará uma economia de R$ 48 milhões por ano. O governo pretende criar a Função de Gestão Pública (FG) para funcionários de carreira que ocupam cargos de diretoria, chefia e assessoramento, com o objetivo de valorizar o servidor público concursado.
Por Dante Quadra