Sem negociação, a greve dos bancários completou nove dias nesta sexta-feira (27). Em Foz do Iguaçu, 26 agências estão com o trabalho de atendimento ao público paralisado. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Foz, Cristina Delgado, ainda não existe o problema da falta de dinheiro em caixas eletrônicos. Para ela, o que mais preocupa agora é uma possível pane tecnológica, sendo que centros administrativos estão com os trabalhados comprometidos.
Para Cristina, quem mais sofre com a paralisação é a população mais pobre, que precisa de um atendimento mais direto. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical dos banqueiros, não tem se manifestado sobre a paralisação e nem em relação ao posicionamento dos patrões sobre a possível retomada das negociações. “A gente começa a imaginar que os banqueiros estão ganhando com a greve”, disse a sindicalista.
A proposta da Fenaban, de reajuste 6,1%, que repõe apenas a inflação dos últimos 12 meses, foi apresentada no dia 5 de setembro e rejeitada pelos bancários em assembleias no dia 12, em todo o país. Os trabalhadores reivindicam 11,93%, soma da inflação mais 5% de ganho real, além de benefícios sociais.
A Polícia Militar reforçou o policiamento no centro de Foz do Iguaçu, com o objetivo de evitar assalto em lojas que estejam armazenado dinheiro e em lotéricas e bancos populares, opção para o pagamento de contas.