O secretário executivo da Agência Nacional Anti-drogas do Paraguai, Luis Rojas, informou em entrevista à Rádio 970 AM, de Assunção, que é constante o fluxo de pequenos aviões carregados com drogas entre as fronteiras do Paraguai com a Argentina. Esses pequenos aviões clandestinos chegam a realizar de três a quatro voos por dia entre os países vizinhos. A quantidade e frequência dos voos dependem exclusivamente do clima.
“Com a Operação Águia Negra foi detectado que chegam a operar seis aeronaves semanais de uma apenas uma estrutura”, disse Rojas, informando ainda, que um número superior de aeronaves usadas para o tráfico fazem o mesmo serviço na fronteira entre Paraguai e Bolívia.
Quando o tráfico é de maconha, 80% tem como destino final o Brasil. O segundo país final é Argentina, Uruguai e Chile. Todos pelo tráfico aéreo. O secretário assume que o problema do tráfico internacional é complexo no Paraguai, sendo preciso o reaparelhamento dos órgãos de segurança, além de novas leis que permitam a derrubada desses aviões.
“Temos o céu mais vulnerável da região e estamos pagando as consequência disso. Notamos um aumento do tráfico aéreo de drogas porque somos o corredor menos protegido da região. Estamos ao lado do maior produtor e ao lado do maior consumidor”, ressaltou Luis Rojas.