A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) inicia, nesta segunda-feira (23), a Semana Nacional de Doação de Órgãos. Serão realizados eventos pontuais e de mobilização. Atualmente, cerca de 30 mil pessoas aguardam na fila de espera e, de cada 10 pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares.
O trabalho realizado pela (ABTO),em parceria com o Ministério da Saúde, dos governos estaduais e entidades médicas, vem surtindo efeito nos números de transplantes. Até junho de 2013, o país teve 1.273 doadores de órgãos. Com esta marca, o Brasil ocupa o segundo lugar do mundo em número de transplantes. Porém, os números de doadores efetivos, por milhão de população, ainda são muito baixos em relação a outros países.
Em 2011 o número chegou a 10,7, enquanto a Espanha, o melhor país em doação de órgãos, atingiu 35,3, seguidos por Croácia 35,0; Bélgica 29,3; Portugal 28,5; e EUA 26,0. A ABTO projetou em 2007 uma meta para atingir em 2017, o objetivo é contar com pelo menos 20 doadores efetivos por milhão de população.
A maior lista de espera é por um rim – 20 mil pessoas. Em segundo lugar, estão os que precisam de transplante de córnea (6 mil). Em seguida, vem fígado, com 1.300 pessoas na lista de espera, e, por último, coração e pulmão, com 200 e 170 respectivamente. Em 2013 foram realizados 3.799 transplantes: 126 de coração, 844 de fígado, 15 de pâncreas, 65 de pâncreas/rim, 42 de pulmão, 2.707 de rim.
Vontade expressa
Para se tornar um doador, é importante que a pessoa comunique à família sobre esta vontade, pois de acordo com a legislação dos transplantes no Brasil, a doação deverá ser consentida pelo familiar de até 2º grau. Essa conversa é fundamental para subsidiar a decisão da família na hora de doar os órgãos.