Diferente de outros anos, desde o primeiro dia de paralisação, 100% dos bancários aderiram à greve em busca de melhores condições salariais e de trabalho. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Foz do Iguaçu, Cristina Delgado, esta é uma realidade nacional.
Cristina explica que a categoria votou pela deflagração no último dia 12, com intuito dos banqueiros retornassem para a mesa de negociações, porém, mesmo com o encaminhamento de três ofícios solicitando a atenção as causas, a Fenabran se manteve irredutível. “Não era admissível que eles não quisessem pagar este ano se quer a inflação do período. Inflação corrói salário e nem isso eles dispuseram a pagar. Portanto, não deram resposta e não teve outra alternativa a não ser aderir a greve e por tempo indeterminado”, acrescenta.
Segundo a presidente, a luta tem sido menos pelas causas econômicas e mais por condições dignas de trabalho, que hoje são vinculadas ao assédio moral, metas abusivas que adoece os bancários e acaba respingando no contribuinte, porque esse profissional se afasta para se tratar e também onera os cofres da previdência social.
Em relação aos caixas de auto-atendimento a presidente explica que os bancários entendem a importância de se mantê-los em funcionamento para causar menos transtornos para a população, mas a tendência é de que com o avançar da greve o sistema fica precário, porque detrás das máquinas existem as pessoas que precisam alimentar as mesmas para que não parem de funcionar. “Orientamos para que aquelas situações de atendimentos urgentes sejam providenciadas porque nós já vimos em outros anos, a partir do quinto/sexto dia, se a greve se arrastar, o sistema automático entrar em colapso”, encaminha Delgado.
Por Keyla Cristina