Foz do Iguaçu, Oeste do Estado, passou a integrar o projeto Vida no Trânsito, que promove ações intersetoriais para reduzir o número de feridos e mortos em decorrência do trânsito. O projeto é desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde, em parceria com a Fundação Internacional Bloomberg Philanthropies, nos 10 países com maior número de mortes no trânsito.
A solenidade reuniu representantes do Governo do Estado, Ministério da Saúde, prefeitura e entidades locais ligadas à área da saúde e de trânsito. O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que o projeto é uma forma do poder público mobilizar a sociedade em torno de medidas contra a violência no trânsito.
“Muitos jovens estão morrendo ou ficando com graves sequelas por causa de acidentes de trânsito. Temos que nos unir em prol de um trânsito mais seguro”, destacou o superintendente, que representou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
O Vida no Trânsito alerta a população sobre os principais fatores de risco em acidentes, como a união de bebida e direção, imprudência e excesso de velocidade. Além disso, o projeto trabalha na qualificação do atendimento às vítimas de acidentes, através da Rede Paraná Urgência, e no aperfeiçoamento dos sistemas de informação de mortalidade e de acidentalidade, com o VigiaSUS.
INCLUSÃO – Foz do Iguaçu receberá R$ 175 mil em recursos do Ministério da Saúde para desenvolver o projeto. Segundo o assessor de projetos educativos do Detran-PR, Leonardo Napoli, inicialmente apenas as capitais de Estado e os municípios com mais de 1 milhão de habitantes seriam beneficiados, mas a pedido do Paraná, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais também foram incluídas no projeto.
“São cidades que apresentam altos índices de acidentes de trânsito. Foz do Iguaçu, por exemplo, tem um grande fluxo de veículos e recebe motoristas de diversas regiões por causa da tríplice fronteira e dos pontos turísticos”, destaca Napoli.
ATRIBUIÇÕES – A prefeitura de Foz deverá criar uma comissão permanente para gerir o projeto e elaborar um plano de ação. Entre as ações já previstas estão campanhas de conscientização com motoristas e pedestres. A cidade também terá que qualificar o processo de notificação e análise dos dados de mortalidade e feridos graves (internações). “O objetivo é traçar um perfil das vítimas de trânsito no município, com informações que possibilitem inclusive saber em que locais o risco de acidente é maior”, explica Sezifredo Paz.
De acordo com informações da prefeitura, os gastos com internações de vítimas de acidentes de trânsito quadruplicaram em dois anos. A taxa de mortalidade por acidente de trânsito na região de Foz também é bem maior que a média estadual. Enquanto no Paraná o índice é de 34,1 mortes para cada 100 mil habitantes, na região de Foz a taxa chega a 46,1 mortes.