O diretor do Hospital Marta Teodora Schwarz, de Puerto Iguazú, na Argentina, Telmo Albrecht, demonstrou preocupação com a migração de médicos argentinos ao Brasil, após meios de comunicação da província de Misiones divulgarem números da demanda desses profissionais. “É normal que as províncias limítrofes tenham uma migração de profissionais aos países vizinhos”, disse o diretor.
Já para o secretário de Obras Públicas de Puerto Iguazú, disse que o problema não deve ser uma preocupação e pode ser resolvido. “São propostas feitas para entusiasmar os profissionais. Da mesma maneira também haverá médicos que virão de outros lugares para trabalhar aqui”, disse o secretário, lembrando ainda, que é preciso incorporar mais médicos ao sistema público de saúde. A cidade de Puerto Iguazú conta atualmente com 50 médicos.
As autoridades argentinas começaram a ter uma maior preocupação após o projeto Mais Médicos, do governo federal brasileiro, que além de cubanos, busca médicos de outros países da América Latina para suprir a falta de profissionais no país. O exame do Revalida, feito pelo Conselho Federal de Medicina do Brasil, já registrava um número considerável de médicos da Argentina, interessados pelos salários oferecidos na área da saúde brasileira. A demanda aumentou após o início do programa Mais Médicos, que isentou esses estrangeiros de aprovação por meio de uma prova.