Em entrevista à Rádio Cultura, o delegado-chefe de Homicídios em Foz do Iguaçu, Marcos Araguari, externou a preocupação com a participação de jovens e adolescentes, sejam como vítimas ou agressores, em crimes contra a vida.
Segundo Araguari, a cidade deixou de ser apontada com uma das mais violentas contra jovens no ranking nacional, mas continua sendo motivo de inquietação. A influência e a facilidade do tráfico de drogas e armas e também contrabando, principalmente do Paraguai para o Brasil, atrai jovens para o conflito com a lei. Ele acrescenta ainda a questão de adolescentes assumirem a prática de homicídios, por exemplo, para livrar a responsabilidade de outras pessoas maiores de idade. “Acreditamos que o envolvimento dos jovens decorre de ser um indivíduo em fase de desenvolvimento da personalidade, portanto suscetível a várias influências. Sendo a parte mais fraca do grupo, diante do desentendimento acabam se tornando vítimas de homicídios”, pontua.
Dos 82 homicídios cometidos em Foz, cerca de 20% são cometidos por menores, sem contar os que têm a vida ceifada pelo crime. Para o delegado, essa realidade envolve questões cultural, social e econômica, que não se resolve com atividades policiais, mas sim com investimentos em políticas sociais que vai tirar o jovem da condição de infrator.
Por Keyla Cristina