A opinião entre os livreiros é unânime. A 9ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu superou as expectativas em volume de vendas, movimento e diversidade de público. Esse salto quantitativo e qualitativo revela que a comunidade iguaçuense abraçou o encontro literário, mergulhando a fundo no mundo das letras.
O complexo cultural permaneceu com os estandes repletos de adultos, jovens e crianças desde o primeiro dia, tanto pela manhã, quanto à tarde e à noite. Ao longo do evento, foram registrados inclusive vários picos de superlotação e os números indicam a superação da meta inicial de público, estimada em 50 mil pessoas.
Para Claimar Erni Granzotto, da Livraria Kunda, a Feira do Livro de Foz já é uma das mais importantes do Paraná, contribui para mudar a imagem cultural da cidade. “Desde a abertura foi uma surpresa. Conversando com os colegas constatamos que a feira é nossa. Isso é uma conquista. Pessoas diferentes no dia a dia. Estimo ter vendido 30% a mais em relação à minha melhor marca de vendas”, afirmou.
O livreiro Carlos Antônio Rosotti, da Livraria Sebo Cultural, destacou o crescimento no fluxo de pessoas nesta edição, o que resultou em aumento de pelo menos 20% nas vendas em relação às anteriores. “Das cinco edições das quais participamos, esta, sem sombras de dúvidas, teve o maior fluxo de pessoas. Tirando uma manhã de chuva, houve uma regularidade de grande movimento”, avaliou o empresário.
Diversidade – Para Nharrime Musser da Silva, da Essência da Leitura, a feira superou as anteriores em público, em vendas e variedade de atrações artísticas. Coordenadora do Núcleo de Livrarias, Nharrime contou que antes o interesse maior era pelos escritores famosos. Agora, as pessoas foram para visitar a feira, mergulhar nos livros e ver as palestras, além de apreciar o teatro, a música e o circo. “A interação das pessoas foi sensacional. Isso que vale a pena. Foi tudo excelente”, disse a livreira.
A diversidade de público também foi destacada por Rosemary Salles, da Epígrafe Livraria e Editora. Ela lembrou que antes a predominância era de crianças e adolescentes; este ano a presença de adultos e terceira idade foi marcante. “Desde o primeiro dia, já começou cheio. Esta edição foi muito mais visitada em vários horários, bastante circulação de pessoas o tempo todo, em diferentes momentos. Tudo muito positivo”, resumiu Rosemary.
A avaliação dos livreiros também foi unânime quanto ao perfil dos visitantes. Moradores dos bairros e do centro e de diferentes classes sociais visitaram a feira com o sentimento de estar em casa. Antes as crianças olhavam os estandes de forma distantes como se fossem vitrines, hoje entram nos espaços com o sentimento de entrar na biblioteca da escola ou a biblioteca municipal. A cidade tomou conta do evento.
AMN