A Comissão de Inquérito (CI) que está investigando possíveis irregularidades no transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu, ouviu na manhã desta quinta-feira (29), o chefe de divisão de transporte coletivo do Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu – Foztrans, Jair Antônio Trevisan Müller; o representante do Consórcio Sorriso, Juliano Ribeiro e o gerente da Transbalan, César Henrique Alamin.
Os principais pontos abordados pelos vereadores foram relacionados: às linhas de ônibus; tamanho e capacidade da frota; critérios para aumento da tarifa; Exercício da dupla função dos motoristas; Transporte auxílio funeral, o repasse de R$18 milhões feito pela gestão passada para execução de serviços e as medidas tomadas para melhorar a execução do sistema.
O chefe da divisão de transporte, Jair Müller, lembrou que está na chefia do departamento desde o ano de 1997 e que não foi consultado no período de desenvolvimento do processo licitatório, algo que segundo ele, deveria ter acontecido. Müller afirmou ainda que o Consórcio Sorriso não cumpre as exigências do sistema licitado, cumprindo apenas determinações do órgão gestor, que é o Foztrans.
Jair Müller destacou que na licitação estava prevista a construção de quatro terminais na cidade, região da Vila “C”, Região Sul, Região do Morumbi e Região do Três Lagoas. Nenhum deles foi construído e aliado a isso, o sistema previa a integração do cartão na maioria das linhas, mesmo quando 50% dos usuários não o utilizavam. “ “N” fatores contribuíram para aquele sistema planejado não ter sucesso” – analisou.
O representante do Consórcio Sorriso, Juliano Ribeiro, rebateu as afirmações de Müller, dizendo que o Consorcio cumpre com tudo o que esta previsto na licitação e também o que é determinado pelo Foztrans. Sobre os terminais, alegou que a construção é um dever do poder concedente (Foztrans), ficando para as empresas a obrigação de realizar a integração deles. Segundo Ribeiro, o Consorcio esta aguardando a construção do terminal no Três Lagoas.
Tarifa Única
Juliano Ribeiro comentou sobre a decisão judicial que obriga a cobrança de tarifa única para quem paga em dinheiro ou em cartão o transporte coletivo de Foz do Iguaçu. De acordo com ele, o Consórcio esta aguardando um parecer jurídico para definir se vai ou não recorrer da decisão judicial.
Sobre a possível readequação do valor, Ribeiro afirmou que “não temos a condição de definir valores, depende do poder concedente, então depende da prefeitura definir valores, mas é uma situação clara porque vai precisar definir pela tarifa media vigente”.
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Reportagem Gerson Kaiser