Não são apenas as lojas de Cidade do Leste que estão sentindo a falta dos compradores brasileiros, trabalhadores de táxis e mototaxis também são afetados pela baixa das vendas no comércio paraguaio, causado principalmente pela desvalorização do real. A falta de dinheiro circulando pela cidade, está deixando os táxis vazios. Segundo os trabalhadores do transporte particular, em 4 meses a diminuição de passageiros chegou a 70%.
Para Roberto Feltes, que trabalha como taxista a mais de 35 anos no centro de Cidade do Leste, essa é a pior crise financeira já registrada na cidade. “Faz dois anos que a situação mudou, mas faz quatro meses que a situação piorou”, disse o trabalhador.
Durante épocas normais, os taxistas chegam a fazer de quatro a seis corridas por dia, conforme o trânsito. Hoje, os mesmos taxistas não fazem mais do que duas viagens. Feltes disse ainda, que o maior movimento de visitantes é nos sábados, embora nos últimos meses a “maioria dos turistas entram nas lojas, encontram o dólar muito alto e não compram. Alguns trabalhadores com veículos privados precisam fazer outras atividades para continuar”, analisou.
Mototaxista há seis anos, Marcos Galeano disse que a situação é difícil, sendo que a maioria depende unicamente deste trabalho. Ele atribui a falta de compradores aos controles realizados no lado brasileiro da fronteira. “Antes realizava de 20 a 25 corridas por dia, atualmente quem tem sorte consegue 10”.
Diário Vanguardia, tradução: Dante Quadra